É uma sexta-feira, início da noite, o dia fora chuvoso, o tempo está frio, uma certa neblina toma conta da rua molhada, gotículas de água despencam dos fios dos postes, ele caminha de volta para casa, pega um cigarro dentro do seu bolso, saca um isqueiro e acende a sua droga lícita. Ele prometera a si parar com o vício antes que seus pais comecem a desconfiar, mas dessa vez ele se perdoa, o cigarro é por uma boa causa, ajuda a pensar melhor e a fugir de alguns demônios. Como uma tocha acesa entre os seus dedos que ilumina as sombras das ruas úmidas e escuras por onde passa bem como os seus pensamentos. A ponta flamejante do seu cigarro exala uma densa fumaça, tão densa quanto seus pequenos problemas. Ele olha para cima e dá uma baforada como um dragão chinês que ele quer tanto tatuar nas costas e dá uma gargalhada, por um minuto se sentiu livre. Ele retorna para si e lembra que não está fumando maconha, é apenas um cigarro com aroma de canela.
Já perto de casa ele joga o cigarro no chão e pisa em cima, não foi bem educado com o que lhe proporcionou alguns momentos de alívio, mas ele tem apenas 16 isso já aconteceu e ainda vai acontecer muito, com pessoas, o que é pior.
Um Cigarro
sábado, 10 de maio de 2008
Postado por Adalberto Duarte às 14:53 14 comentários
Tags: Crônicas e Contos
Assinar:
Postagens (Atom)