Crepúsculo

sábado, 18 de agosto de 2007


As lâminas de luzes douradas encerram mais um dia, dia esse que nunca mais irá se repetir. A luminosidade leva consigo as lembranças, sabores, cheiros, imagens, dores, alegrias e todas as experiências vividas em um dia, que nunca mais voltará, por melhor ou pior que ele tenha sido, nunca mais irá voltar.

Volta às Aulas

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O dia amanhece de uma forma assustadoramente rápida. Os raios de Sol penetram pela janela enquanto o despertador do celular soa intensamente. Acordo de um sono pesado às 05:50 da manhã, me arrasto do quarto até o banheiro, onde tomo um banho frio que parece congelar a minha alma. Saio do banheiro um pouco mais disposto do que quando entrei, até agora nenhum pensamento havia passado pela minha cabeça.
Retorno ao quarto, escolho uma roupa diferente - não irei usar o uniforme no primeiro dia de aula do segundo semestre - e calço o meu tênis surrado que parecia me implorar para ser usado. Me olho no espelho, não reconheço a figura refletida, talvez seja o meu pior inimigo... Olho de novo e o reconheço, sou eu, com o cabelo bastante molhado e bagunçado, arrumo-o e vou para a mesa saborear a minha refeição matinal, mastigo lentamente. Olho o relógio e vejo que já é hora de sair, escovo os dentes apressadamente, cato a mochila e as as canetas do lado do computador, pego o MP3 na gaveta e os óculos escuros, a claridade lá fora parece tentar me cegar. Escuto uma voz chamar pelo meu nome lá fora, é um amigo. Me despeço da minha mãe e abro a porta, estou saindo.
Vou caminhando com o amigo enquanto conversamos sobre os mais variados assuntos, de programas de Tv até o mau desempenho de Flamengo - nosso time do coração. Ele vai em direção à sua escola enquanto eu caminho por mais duas quadras e chego ao meu destino bem em cima do primeiro toque.
Olho em todas as direções e vejo os mesmos rostos do primeiro semestre, só que agora demonstram um certo entusiasmo ao se encontrarem com os colegas, como se passassem uma eternidade separados. Disparo alguns cumprimentos, entro na sala e me sento ao fundo dela, do lado esquerdo e encostado na parede com o ar-condicionado soprando no meu pescoço enquanto espero algum professor entrar pela porta e começar um enfadonho dia de aula, o primeiro do segundo semestre