Os dias de liberdade parecem estar contados, algo o chama de volta à prisão, àquela mesma cela que o tanto prendia e sufocava e que ele fez tanta questão de mostrar a todos que havia feito a sua fuga perfeita. A prisão que na noite passada sem motivo algum estava do outro lado conversando ao telefone, ligação que ele mesmo havia feito e as lágrimas tímidas escorreram rosto e corpo abaixo ao se despedir e a voz tremeu e a ligação caiu. As lágrimas se misturaram imediatamente a um banho frio e desceram pelo ralo, ficaram as dúvidas. A noite de festa de carnaval afasta mas não acaba com o "por que" que tanto ressona dentro da sua cabeça. E o fato de não haver mais uma cela para sua reclusão o faz ficar entediado, e a falta do que fazer que o move a lavar a roupa suja, incluindo uma camisa que ele havia ganho da prisão, a sujeira desce e ficar armazenada em algum compartimento da máquina de lavar mas as lembranças ficam.
Reincidente
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Postado por Adalberto Duarte às 19:13
Tags: Crônicas e Contos
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2 comentários:
Muito foda!
Blog encantador,gostei do que vi e li,e desde já lhe dou os parabéns,também agradeço por partilhar o seu saber, se achar que merece a pena visitar o Peregrino E Servo,também se achar que mereço e se o desejar faça parte dos meus amigos virtuais faça-o de maneira a que possa encontrar o seu blog,irei seguir também o seu blog.
Deixo os meus cumprimentos, e muita paz.
Sou António Batalha.
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